sexta-feira, 9 de março de 2012

Material para o concurso do estado de Sergipe

Um pouco da Geografia do Estado de Sergipe Limita-se ao norte com Alagoas, a leste com o oceano Atlântico e ao sul e oeste com a Bahia. Localizado ao leste da região nordeste, tem área de 22.050,4 km2 e é o menor da Federação. Seu relevo caracteriza-se pela predominância de terrenos baixos e várzeas nas proximidades do litoral, onde há uma faixa úmida voltada para o oceano, planícies na parte norte, e planalto semi-árido em sua região noroeste. O clima é tropical, com chuvas mais freqüentes na costa e longas estiagens no interior, especialmente na região semi-árida. As temperaturas médias anuais ficam em torno de 23 e 24ºC. A vegetação predominante distingue a paisagem típica litorânea, de coqueiros e vegetação rasteira, da caatinga encontrada no interior. As extensas florestas anteriormente existentes, desapareceram substituídas pelo cultivo agrícola ou pela exportação das madeiras nobres, ainda nos tempos da colônia. O principal rio que banha o Estado de Sergipe é o São Francisco, um dos mais importantes do Brasil. Sua bacia hidrográfica inclui também os rios Vaza Barris, Sergipe, Japaratuba, Piauí e Real. O transporte rodoviário é o mais utilizado no Estado, que possui 9.480 km de estradas de rodagem, sendo cerca de 23% pavimentadas. A malha ferroviária tem extensão de 286 km. A população do Estado de Sergipe é de 1.491.876 habitantes, distribuídos entre 75 municípios, com densidade populacional de 67,6 habitantes por km2. A faixa etária de 0 a 14 anos representa 39,2% e acima de 15 anos responde por 70,8% do total de habitantes. Vivem nas áreas urbanas 67,2% e na zona rural encontram-se 32,8% dos habitantes. As mulheres representam 51% e os homens correspondem a 49% da população. A cidade mais importante e mais populosa do Estado é a capital, Aracaju, seguida por Lagarto, Socorro, Itabaiana, e Estância. O índice de mortalidade no Estado é de 5,46 por mil habitantes e a taxa de mortalidade infantil está em torno de 50 mortes antes de completar um ano de vida, por cada grupo de mil crianças nascidas vivas. Economia - Inclui atividades ligadas ao extrativismo, agricultura, agroindústria e pecuária. Entre os principais produtos agrícolas cultivados no Estado encontram-se a laranja, a cana-de-açúcar e o coco. Na pecuária, destacam-se as criações de bovinos, com um milhão de cabeças, mas existe também grande quantidade de ovinos, suínos, eqüinos e galináceos. Existem ainda reservas de petróleo no Estado, calculadas em cerca de 2,3 milhões de metros cúbicos, e de gás natural, que alcançam um volume aproximado de 720 milhões de metros cúbicos. A colonização teve início na segunda metade do século XVI, quando ali começaram a chegar navios franceses, cujos tripulantes trocavam objetos diversos por pau-brasil, algodão e pimenta-da-terra. Os portugueses, quando se dirigiam à Bahia, também aportavam freqüentemente na enseada do rio Real. A conquista das terras ao norte da Bahia, onde se encontra o território do Estado de Sergipe, foi iniciativa de Garcia D’Ávila, grande proprietário de terras na região, que com a ajuda dos jesuítas tentou catequizar os nativos que ali encontraram. A conquista e colonização do território facilitaria as comunicações por terra entre a Bahia e Pernambuco e permitiria a sujeição das tribos indígenas, além de impedir novas incursões dos franceses. O território que viria a ser a capitania de Sergipe D’El-Rei originou-se de um povoado chamado São Cristóvão. Mas a colonização propriamente dita somente aconteceu em 1590, após a destruição das tribos indígenas hostis. A região do arraial de São Cristóvão, sede da capitania de Sergipe D’ El-Rei tornou-se então importante pólo de criação de gado e de cana-de-açúcar. No período das invasões holandesas, que correspondeu à primeira metade do século XVII, a economia de Sergipe D’El-Rei ficou prejudicada, recuperando-se, no entanto, com a retomada da região pelos portugueses, em 1645. Em 1723 foi anexada à Bahia, tornando-se responsável por um terço da produção açucareira baiana da época. Em 1820 houve uma primeira tentativa de se conceder autonomia ao território sergipano, mas somente em 1823, depois de várias guerras e resistência às tentativas de anexação, a capitania de Sergipe tornou-se definitivamente emancipada da Bahia. Com a proclamação da República, em 1889, a província de Sergipe passou a ser um dos Estados da Federação, com sua primeira Constituição promulgada em 1892. O nome Sergipe origina-se do tupi si’ri ü pe que quer dizer "no rio dos siris", tendo sido mais tarde adotado Cirizipe ou Cerigipe, que quer dizer "ferrão de siri", nome de um dos cinco caciques que se opuseram ao domínio português. Aracaju - Em 1855 a capital do Estado de Sergipe foi transferida da vila de São Cristóvão, para Santo Antonio do Aracaju, cidade fundada por portugueses em 1592. A principal razão da transferência da capital parece ter sido a existência de um porto com razoável profundidade em Aracaju, o que facilitava o comércio de exportação dos produtos da província. A cidade está localizada na foz do rio Sergipe, 294 km ao sul de Maceió, capital do Estado de Alagoas, 356 km ao norte de Salvador, capital do Estado da Bahia e a 1.737 km de Brasília, a capital do País. Ocupa área de 176 km2 e está ligada às demais cidades do litoral brasileiro pela rodovia BR-101. Sua população compõe-se de 53,1 % de mulheres e 46,8 % de homens. Aracaju foi uma das primeiras cidades planejadas do Brasil e considerada hoje, uma das mais seguras para sua população. São diversas as atrações turísticas ali encontradas, entre as quais se destaca a Ponte do Imperador, construída quando da visita à cidade, do Imperador D. Pedro II. As construções mais típicas da cidade, como os prédios governamentais, o Parlamento e a Suprema Corte de Sergipe, encontram-se na Praça Fausto Cardoso, entre a Ponte do Imperador e a estação rodoviária. Ainda nas proximidades da Ponte do Imperador está o Mercado Municipal, onde podem ser encontradas variedades de artesanato local. Entre os museus, destacam-se o Museu Histórico e Geográfico; o Museu da Polícia Militar, com farto material ilustrativo do período em que atuavam os cangaceiros na região; e o Museu Rosa Faria, onde se encontra grande quantidade de pratos de porcelana e painéis de azulejos representando a história de Sergipe. O Parque dos Cajueiros, localizado ao sul do centro da cidade de Aracaju, na Praia da Atalaia, constitui-se amplo e agradável espaço de lazer onde também existe um lago, chamado Mare Apicum, através do qual flui o rio Poxim. Na ilha de Santa Luzia, situada no estuário do rio Sergipe, existe uma pequena aldeia de pescadores chamada Barra dos Coqueiros e a praia de Atalaia Nova. Em 1988 foi construído o primeiro hotel no local, que se transformou em ponto de partida para interessantes passeios pelas praias inexploradas das redondezas. São Cristóvão - Antiga capital de Sergipe a cidade histórica de São Cristóvão encontra-se 25 km ao sul de Aracaju. Protegida atualmente como monumento nacional, muitas de suas construções seculares continuam preservadas em seu aspecto original. Entre as principais construções do século XVII, destacam-se a igreja e o monastério de São Francisco, datados de 1693, que hoje ainda abrigam o Museu de Arte Sacra; a igreja da Misericórdia, construída em 1627; o Museu de Sergipe, situado no antigo Palácio do Governo, contendo quadros, objetos em cerâmica, mobiliário e outras relíquias do passado; as igrejas do Senhor dos Passos, construída entre 1739 e 1743, e da Ordem Terceira do Carmo, de 1776; e a igreja de Nossa Senhora da Vitória, também uma construção do século XVII. Situadas a 10 km de São Cristóvão encontram-se as ruínas da igreja dos Capuchinhos, datada de 1746, que foi destruída durante a invasão holandesa na época. Laranjeiras - Pequena cidade situada 23 km ao norte de Aracaju, foi fundada em 1605, totalmente destruída pelos holandeses durante sua ocupação e reconstruída pelos padres Jesuítas no século XVIII. Os Jesuítas também construíram a igreja de Comandaroba, com um altar barroco, 4 km distante da cidade. Conta a lenda do local, que havia um túnel de 3 km desde o altar mor até a Gruta de Pedra Furada, acompanhando a estrada que levava até a igreja, para que, em caso de perigo, os monges tivessem um refúgio onde se proteger. Praias - Ao longo dos 200 km de litoral existem inúmeras praias, algumas paradisíacas, onde a civilização não se desenvolveu ainda. Em direção ao sul de Aracaju, encontram-se as praias de Coroa, Meio e Atalaia Velha, famosas pela quantidade e o tamanho de seus caranguejos, que chegam a alcançar 25 cm de diâmetro. Ainda na direção sul, ao longo da rodovia BR-101, estão as praias dos Náufragos, Abaís e Caueira, todas ainda com baixo índice de exploração comercial, e na divisa dos Estados de Sergipe e Bahia podem ser encontradas as imensas dunas de areia da praia do Saco. Ao norte da cidade de Aracaju, em direção à fronteira com o Alagoas, estende-se vasta faixa de areia branca, praticamente virgem, até alcançar o rio São Francisco, onde se encontra a Ponta do Arambipe, praia situada no extremo norte do território de Sergipe. Indígenas - Os nativos que os europeus encontraram na região onde hoje se localiza o Estado de Sergipe resistiram com muita luta à ocupação dos colonizadores, tendo ficado conhecidos, da mesma forma que os antigos habitantes dos Estados de Alagoas e Espírito Santo, como bravos guerreiros e grande ameaça aos brancos que tentavam se instalar naquelas terras. No Estado de Sergipe propriamente dito, apenas restou uma tribo remanescente desses nativos, o grupo Caiçara Ilha de São Pedro, com população de aproximadamente 200 pessoas, que ocupa área de 4.316 hectares, já demarcada pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI), órgão do Governo Federal responsável pela questão indígena no País.

Nenhum comentário:

Postar um comentário